E disse: Um certo homem tinha dois filhos;

E CHEGAVAM-SE a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.

Digo-vos que assim haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

Assim vos digo, que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

Que homem de entre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?

Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.

Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.

E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;

Mas ele se indignou, e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.

Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;

E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.

Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;

E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.

E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles,

E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:

E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.

E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;

E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!

Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.

E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.

Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;

E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.

Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.

E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.

E, achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso;

E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.

E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.