Ora, havia um homem rico, que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.

E DIZIA também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.

Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e, aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também.

E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos, para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.

Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.

Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há-de aborrecer um e amar o outro, ou se há-de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.

E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.

E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.

E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque, o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.

Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite. 

E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;

E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles arrepender-se-iam.

E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.

E disse ele: Rogo-te pois, ó pai, que o mandes a casa de meu pai,

E louvou aquele Senhor o injusto mordomo prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.

Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.

E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas estas coisas, e zombavam dele.

E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.

Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas: ouçam-nos.

Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado;

E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.

Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?

Eu sei o que hei-de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.

E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e, assentando-te já, escreve cinquenta.

E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu Senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.

E, chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?

Disse depois a outro: E tu quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.

E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?