Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias?

Vós que temeis ao SENHOR, louvai -o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.

Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.

Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez. 

Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.

Uma semente o servirá; falará do Senhor de geração em geração.

O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.

Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao SENHOR; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face.

Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés.

Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.

Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica.

Então, declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.

Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.

Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:

Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel.

Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.

Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim.

Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe.

Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida.

Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.

Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe

Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.

Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.

A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.

Salva-me da boca do leão; sim, ouve-me desde as pontas dos unicórnios.

Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.

Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.

Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.

A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram e não foram confundidos.

Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.

Livra a minha alma da espada e a minha predileta, da força do cão.