'Em' na Bíblia
Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém:
Que vantagem tem o ser humano em todo o seu trabalho, em que tanto se dedica debaixo do sol?
Será que há algo do qual se possa dizer: ‘Vê! De fato, isto é absolutamente inédito?’ Não! Já existiu em épocas anteriores à nossa.
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; na verdade, o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e a ciência.
Porque, na muita sabedoria, há muito enfado; e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho.
Eu disse a mim mesmo: ‘Pois bem, eu te farei experimentar o prazer em toda a sua intensidade e conhecer as grandes alegrias da vida!’ Contudo, isso também se demonstrou algo inútil, mais uma vaidade.
Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.
Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém.
Ajuntei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, concubinas em grande número.
E engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria.
Então olhei eu para todas as obras que as minhas mãos haviam feito, como também para o trabalho que eu aplicara em fazê-las; e eis que tudo era vaidade e desejo vão, e proveito nenhum havia debaixo do sol.
Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; também, então, entendi eu que o mesmo lhes sucede a todos.
Diante disso, pensei mais profundamente: ‘Ora, se o que acontece ao insensato acabará ocorrendo comigo, que proveito tive eu em alcançar a sabedoria?’ Então retruquei a mim mesmo: ‘Vê! Isso, semelhante a tudo mais, é pura vaidade, não faz sentido!’
Também eu aborreci todo o meu trabalho, em que trabalhei debaixo do sol, visto como eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim.
E quem sabe se será sábio ou tolo? Contudo, ele se assenhoreará de todo o meu trabalho em que trabalhei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isso é vaidade.
Pelo que eu me apliquei a fazer que o meu coração perdesse a esperança de todo trabalho em que trabalhei debaixo do sol.
Porque que mais tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?
Que vantagem tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Disse eu no meu coração: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os animais.
Fiz nova análise e observei as opressões todas que se cometem debaixo do sol: Vi as lágrimas dos oprimidos, e notei que eles não têm quem os console; o poder está à disposição dos opressores em toda parte, e os oprimidos não encontram quem lhes dê apoio.
Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a inveja do seu próximo. Também isso é vaidade e aflição de espírito.
Muito mais vale conquistar um punhado com paz e tranquilidade do que dois punhados em desatino, correndo atrás do vento.
‘Havia um homem solitário, que não tendo filho, irmão, nem qualquer parente, dedicava sua vida exclusivamente ao trabalho. No entanto, seus olhos não se satisfaziam com as riquezas que acumulava. E ele nem pensava em se questionar: ‘Para quem estou trabalhando tanto, afinal? Por que não desfruto um pouco do que já tenho?’ Ora, isso é uma insensatez, uma ilusão e um trabalho ingrato!
Mais vale um jovem pobre e sábio do que um rei ancião e insensato, que em sua arrogância já não aceita mais conselhos.
Ainda que o jovem seja um ex-detento ou tenha nascido em uma família de mendigos poderá chegar ao trono e governar uma nação.
Vi todos os viventes andarem debaixo do sol com o jovem, o sucessor, que ficará em seu lugar.
Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.
Não permitas, pois, que tua boca te conduza ao pecado. E não digas ao sacerdote, ao mensageiro de Deus: “Cometi um engano! O que prometi em meu voto não foi bem o que eu queria dizer!” Ora, por que irritar a Deus com o que dizes e levá-lo a destruir tudo quanto construíste mediante teu trabalho?
Se vires em alguma província opressão de pobres e a violência em lugar do juízo e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que mais alto é do que os altos para isso atenta; e há mais altos do que eles.
Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas, nunca se sentirá em paz e feliz com seus rendimentos. Certamente, isso também é ilusão, vaidade.
Coma muito ou coma pouco, o sono do trabalhador é gostoso; mas o rico farto nem ao menos consegue adormecer em paz.
O ser humano sai nu do ventre de sua mãe; assim como vem ao mundo, assim parte deste. De todo o trabalho em que se extenuou nada poderá levar consigo!
Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer, e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias da sua vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção.
porquanto debalde veio e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome.
E que vantagem tem o sábio em relação ao insensato? Que vantagem tem o pobre em saber como enfrentar a vida?
Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.
Portanto, o coração dos sábios está na casa onde há luto, mas o coração dos insensatos, nos banquetes e em lugares de muito riso.
No dia da prosperidade, goza do bem, mas, no dia da adversidade, considera; porque também Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele.
porquanto em teu coração sabes que também tu já falaste mal de teus companheiros muitas vezes.
Eu tornei a voltar-me e determinei em meu coração saber, e inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios.
Eu digo: observa o mandamento do rei, e isso em consideração para com o juramento de Deus.
Não te apresses a sair da presença dele, nem persistas em alguma coisa má, porque ele faz tudo o que quer.
Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter; nem que tenha poder sobre o dia da morte; nem há licença em tempo de guerra; nem tampouco a impiedade livrará aquele que a ela está entregue.
Tudo isso vi quando apliquei o meu coração a toda obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.
Vi também pessoas perversas serem sepultadas em grande honra. Na volta do lugar santo, percebi que eram elogiadas, e isso na mesma cidade onde haviam praticado o mal. Ora, isso também não faz sentido, é um absurdo!
Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e depois se vão aos mortos.
Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.
Desfruta a vida com a mulher amada em todos os dias desta vida paradoxal que Deus te concede debaixo do sol; uma vida ilusória e sem sentido! Pois essa é a tua recompensa na vida pelo teu árduo trabalho debaixo do sol.
Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras.
As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina sobre os tolos.
Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é para o famoso em sabedoria e em honra um pouco de estultícia.
o tolo, assentam-no em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo.
Não amaldiçoeis o rei nem mesmo em pensamento. Tampouco em seu aposento insultes o rico! Porquanto uma ave do céu poderá levar as suas palavras pelo ar, e seres alados poderão se encarregar de divulgar aos quatro ventos tudo o que disseste!
Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e, caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.
Mas, se o homem viver muitos anos e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade.
Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles;
no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
quando temeres a altura e te aterrorizares com os perigos das ruas; quando florir a amendoeira, o gafanhoto se transformar em um grande peso e perderes o gosto por quase tudo. Então é tempo de o ser humano se recolher à sua morada eterna, e os pranteadores caminharem pelas ruas chorando a tua partida.
Além de ser sábio, o pregador também ensinou ao povo o conhecimento, meditando, e estudando, e pondo em ordem muitos provérbios.
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