'Que' na Bíblia
Como está escrito no profeta Isaías: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
E foi assim que chegou João, batizando no deserto e pregando um batismo de arrependimento para perdão dos pecados.
E pregava, dizendo: Após mim vem aquele, que é mais forte do que eu, ao qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.
E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi baptizado por João, no Jordão.
E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele.
E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo.
E depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o Evangelho do reino de Deus,
E, andando junto do mar da Galiléia, viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.
E, passando dali um pouco mais adiante, viu Tiago filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes.
Dirigiram-se para Carfanaum e, assim que chegou o sábado, tendo entrado na sinagoga, Jesus passou a ensinar.
E todos ficavam maravilhados com o seu ensino, pois lhes ministrava como alguém que possui autoridade e não como os mestres da lei.
Mas, naquele exato momento, levantou-se na sinagoga um homem possuído de um espírito imundo, que vociferava:
Ah! que temos contigo, Jesus nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
E assim que saíram da sinagoga, dirigiram-se para a casa de Simão e André, juntamente com Tiago e João.
E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados.
E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demónios, porém não deixava falar os demónios, porque o conheciam.
E seguiram-no Simão e os que com ele estavam;
E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.
E aconteceu que Ele percorreu toda a Galiléia, pregando nas sinagogas e expelindo os demônios. A cura do leproso que creu
E aproximando-se dele um leproso, que rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
E ALGUNS dias depois entrou outra vez em Capernaum, e soube-se que estava em casa.
E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.
Observando a fé que eles demonstravam, declarou Jesus ao paralítico: “Filho! Estão perdoados de ti os pecados”.
E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
Por que fala assim este homem? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão um só, que é Deus?
E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Porque arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Estão perdoados de ti os pecados’, ou falar: ‘Levanta-te, toma a tua maca e sai andando’?
Ora para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
E levantou-se, e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.
Enquanto andava, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado à mesa da coletoria, e o chamou: “Segue-me!” Ao que ele se levantou e o seguiu. Jesus à mesa com pecadores
E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido.
Vendo os escribas dos fariseus que comia com os publicanos e pecadores, perguntavam aos discípulos: Por que é que ele como com os publicanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.
Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando; e foram perguntar-lhe: Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam?
Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias.
Assim como não há pessoa que deposite vinho novo em recipiente de couro velho; caso o faça, o vinho arrebentará o recipiente, e dessa forma, tanto o vinho novo quanto o recipiente se estragarão. Ao contrário, põe-se o vinho novo em um recipiente de couro novo”. Jesus é Senhor do Sábado
E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas.
E os fariseus lhe disseram: Vês? Porque fazem no sábado o que não é lícito?
Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Daví quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam?
Como entrou na casa de Deus, no templo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam?
E OUTRA vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirradas.
E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio.
Em seguida Jesus indaga deles: “O que nos é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal? Salvar vidas ou matar as pessoas?” No entanto, eles ficaram calados.
Indignado, olhou para os que estavam ao seu redor e, profundamente entristecido com a dureza do coração deles, ordenou ao homem: “Estende a tua mão”. Ele a estendeu, e eis que sua mão fora restaurada.
E de Jerusalém, e da Idumeia, e de além do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidon; uma grande multidão, que ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele.
E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não oprimisse.
Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.
E acontecia que todas as vezes que as pessoas com espíritos imundos o viam, atiravam-se aos seus pés e berravam: “Tu és o Filho de Deus!”
E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem.
E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele.
E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar;
E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demónios:
E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa Filhos do trovão;
E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão.
Quando os familiares de Jesus tomaram conhecimento do que estava acontecendo, partiram para forçá-lo a voltar, pois comentavam: “Ele perdeu o juízo!”
E os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: Tem Belzebu, e pelo príncipe dos demónios expulsa os demónios.
Foi então que Jesus os chamou mais para perto e lhes admoestou por parábolas: “Como é possível Satanás expulsar Satanás?
De fato, ninguém pode entrar na casa do homem forte e furtar dali os seus bens, sem que primeiro o amarre. Só depois conseguirá saquear a casa dele.
Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfémias, com que blasfemarem;
Qualquer porém, que blasfemar contra o Espirito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo.
E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora.
E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos.
Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.
E OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;
E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem;
E alertou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!” Jesus explica a parábola
E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
O que semeia, semeia a palavra;
E os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.
E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem,
Entretanto, visto que não têm raízes em si mesmas, são de pouca perseverança. Ao surgir alguma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, rapidamente sucumbem.
E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, outro a cem, por um.
Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada.
Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
Então contou-lhes que: “O Reino de Deus é semelhante a um homem que lançou a semente sobre a terra.
A terra por si mesma produz o fruto: primeiro surge a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga.
Mas assim que o fruto amadurecer, logo lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.
E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a mais pequena de todas as sementes que há na terra;
Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.
E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
Então lhes perguntou: Por que sois assim tímidos? Ainda não tendes fé?
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem.
E, logo que Jesus saíra do barco, lhe veio ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo,
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