2 “Ah, se pudessem pesar a minha tribulação e depositar na balança junto à minha calamidade!
2 Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!
2 Oxalá de fato se pesasse a minhá magoa, e juntamente na balança se pusesse a minha calamidade!
2 “Oh that my grief were actually weighedAnd laid in the balances together with my calamity!
3 Na verdade, o resultado total seria mais pesado do que a areia dos mares! Por esse motivo as minhas palavras são tão veementes,
3 Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas.
3 Pois, na verdade, seria mais pesada do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido temerárias.
3 “For then it would be heavier than the sand of the seas;Therefore my words have been rash.
4 porquanto as flechas de Shaddai, o Todo-Poderoso, se cravaram em mim, e o meu espírito suga o veneno que elas contêm; os terrores de Deus me assediam.
4 Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.
4 Porque as flechas do Todo-Poderoso se cravaram em mim, e o meu espírito suga o veneno delas; os terrores de Deus se arregimentam contra mim.
4 “For the arrows of the Almighty are within me,Their poison my spirit drinks;The terrors of God are arrayed against me.
5 Porventura, zurra o asno montês quando tem erva para alimentar-se? Ou muge o boi se tiver forragem?
5 Porventura, zurrará o jumento montês junto à relva? Ou berrará o boi junto ao seu pasto?
5 Zurrará o asno montês quando tiver erva? Ou mugirá o boi junto ao seu pasto?:
5 “Does the wild donkey bray over his grass,Or does the ox low over his fodder?
6 É possível comer sem tempero o que é insípido? Há sabor na clara do ovo sem sal?
6 Ou comer-se -á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?
6 Pode se comer sem sal o que é insípido? Ou há gosto na clara do ovo?
6 “Can something tasteless be eaten without salt,Or is there any taste in the white of an egg?
7 Recuso-me a tocar nisso; esse tipo de comida sem sabor me causa repugnância.
7 A minha alma recusa tocar em vossas palavras, pois são como a minha comida fastienta.
7 Nessas coisas a minha alma recusa tocar, pois são para mim qual comida repugnante.
7 “My soul refuses to touch them;They are like loathsome food to me.
8 Quem me dera que o meu pedido fosse atendido, e Deus me desse o que anseio,
8 Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero!
8 Quem dera que se cumprisse o meu rogo, e que Deus me desse o que anelo!
8 “Oh that my request might come to pass,And that God would grant my longing!
9 se Deus se dispusesse a esmagar-me; ora, que ele soltasse a mão e me aniquilasse de uma vez!
9 E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo!
9 que fosse do agrado de Deus esmagar-me; que soltasse a sua mão, e me exterminasse!
9 “Would that God were willing to crush me,That He would loose His hand and cut me off!
10 Isto ainda me traria alguma consolação, eu buscaria alegria em meio à dor implacável, de jamais ter ido contra as palavras do Santíssimo Yahweh.
10 Isto ainda seria a minha consolação e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não repulsei as palavras do Santo.
10 Isto ainda seria a minha consolação, e exultaria na dor que não me poupa; porque não tenho negado as palavras do Santo.
10 “But it is still my consolation,And I rejoice in unsparing pain,That I have not denied the words of the Holy One.
11 Que esperanças por manter, se já não tenho mais forças? Não consigo ver o meu futuro, como agir com paciência?
11 Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que prolongue a minha vida?
11 Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que me porte com paciência?
11 “What is my strength, that I should wait?And what is my end, that I should endure?
13 Haverá poder que venha em meu socorro, agora que todos os meus recursos se esvaíram?
13 Está em mim a minha ajuda? Não me desamparou todo auxílio eficaz?
13 Na verdade não há em mim socorro nenhum. Não me desamparou todo o auxílio eficaz?
13 “Is it that my help is not within me,And that deliverance is driven from me?
14 Um ser humano desesperado deve ser alvo da atenção e da solidariedade de seus amigos, ainda que ele tenha se afastado do temor do Todo-Poderoso!
14 Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-poderoso.
14 Ao que desfalece devia o amigo mostrar compaixão; mesmo ao que abandona o temor do Todo-Poderoso.
14 “For the despairing man there should be kindness from his friend;So that he does not forsake the fear of the Almighty.
15 No entanto, os meus irmãos me iludiram como ribeiros passageiros, como riachos que transbordam
15 Meus irmãos aleivosamente me trataram; são como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,
15 Meus irmãos houveram-se aleivosamente, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,
15 “My brothers have acted deceitfully like a wadi,Like the torrents of wadis which vanish,
17 mas que cessam de fluir no tempo da seca, e no calor desaparecem dos seus próprios leitos.
17 No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem; e, em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
17 no tempo do calor vão minguando; e quando o calor vem, desaparecem do seu lugar.
17 “When they become waterless, they are silent,When it is hot, they vanish from their place.
18 As caravanas se desviam de suas rotas; sobem para lugares desertos e vão de encontro à morte.
18 Desviam-se as caravanas dos seus caminhos; sobem ao vácuo e perecem.
18 As caravanas se desviam do seu curso; sobem ao deserto, e perecem.
18 “The paths of their course wind along,They go up into nothing and perish.
19 Buscam água as caravanas de Temá, contemplam com esperança os mercadores de Shevá, Sabá.
19 Os caminhantes de Temá os vêem; os passageiros de Sabá olham para eles.
19 As caravanas de Tema olham; os viandantes de Sabá por eles esperam.
19 “The caravans of Tema looked,The travelers of Sheba hoped for them.
20 Sentem-se envergonhados por terem depositado confiança e, ao chegar ali, se deparam com a frustração.
20 Foram envergonhados por terem confiado; e, chegando ali, se confundem.
20 Ficam envergonhados por terem confiado; e, chegando ali, se confundem.
20 “They were disappointed for they had trusted,They came there and were confounded.
21 Para mim haveis vos tornado assim: quanto mais me vedes assustado e com medo, tanto mais ficais apavorados.
21 Agora, sois semelhantes a eles; vistes o terror e temestes.
21 Agora, pois, tais vos tornastes para mim; vedes a minha calamidade e temeis.
21 “Indeed, you have now become such,You see a terror and are afraid.
22 Porventura já vos pedi: ‘Dai-me algo de bom para animar-me’? ‘Fazei-me uma oferta de vossos bens’?
22 Disse-vos eu: dai-me ou oferecei-me da vossa fazenda presentes?
22 Acaso disse eu: Dai-me um presente? Ou: Fazei-me uma oferta de vossos bens?
22 “Have I said, ‘Give me something,’Or, ‘Offer a bribe for me from your wealth,’
23 Ou ainda: ‘Livrai-me das mãos do adversário’? ‘Resgatai-me das garras de quem me oprime’?
23 Ou: livrai-me das mãos do opressor? Ou: redimi-me das mãos dos tiranos?
23 Ou: Livrai-me das mãos do adversário? Ou: Resgatai-me das mãos dos opressores ?
23 Or, ‘Deliver me from the hand of the adversary,’Or, ‘Redeem me from the hand of the tyrants’?
25 Como são poderosas as palavras justas e orientadoras! Mas o que quereis demonstrar com vosso argumento?
25 Oh! Quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa arguição?
25 Quão poderosas são as palavras da boa razão! Mas que é o que a vossa argüição reprova?
25 “How painful are honest words!But what does your argument prove?
26 Por acaso vós pretendeis reprovar o meu desabafo e tratar como vento as palavras de um homem desesperado?
26 Porventura, buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?
26 Acaso pretendeis reprovar palavras, embora sejam as razões do desesperado como vento?
26 “Do you intend to reprove my words,When the words of one in despair belong to the wind?
27 Seríeis capazes de sortear um órfão ou desamparado, e de tirar proveito de um amigo fragilizado, vendendo-o por uma bagatela?
27 Mas, antes, lançais sortes sobre o órfão e especulais com o vosso amigo.
27 Até quereis lançar sortes sobre o órfão, e fazer mercadoria do vosso amigo.
27 “You would even cast lots for the orphansAnd barter over your friend.
28 Agora, pois, olhai nos meus olhos, pois certamente não mentirei diante das vossas faces.
28 Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença.
28 Agora, pois, por favor, olhai para, mim; porque de certo à vossa face não mentirei.
28 “Now please look at me,And see if I lie to your face.
29 Mudai de entendimento sobre mim, rogo-vos, não sejais injustos; sim, mudai, porquanto nada devo e meu pleito é justo!
29 Voltai, pois, não haja iniquidade; voltai, sim, que a minha causa é justa.
29 Mudai de parecer, peço-vos, não haja injustiça; sim, mudai de parecer, que a minha causa é justa.
29 “Desist now, let there be no injustice;Even desist, my righteousness is yet in it.
30 Há maldade no meu falar? Será que a minha boca perdeu a capacidade de identificar boas e más palavras?”
30 Há, porventura, iniquidade na minha língua? Ou não poderia o meu paladar dar a entender as minhas misérias?
30 Há iniqüidade na minha língua? Ou não poderia o meu paladar discernir coisas perversas?
30 “Is there injustice on my tongue?Cannot my palate discern calamities?