'Mim' na Bíblia

Porque já agora jazeria e repousaria; dormiria, e, então, haveria repouso para mim,

Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.

Então, um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne;

Mas quanto a mim eu buscaria a Deus, e a ele dirigiria a minha fala.

Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.

Nessas coisas a minha alma recusa tocar, pois são para mim qual comida repugnante.

Está em mim a minha ajuda? Não me desamparou todo auxílio eficaz?

Agora, pois, tais vos tornastes para mim; vedes a minha calamidade e temeis.

Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença.

Mudai de entendimento sobre mim, rogo-vos, não sejais injustos; sim, mudai, porquanto nada devo e meu pleito é justo!

Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais.

A minha vida abomino, pois não viverei para sempre; retira-te de mim, pois vaidade são os meus dias.

Até quando não apartarás de mim a tua vista, nem me largarás, até que eu possa engolir a minha saliva?

Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?

Eis que passa por diante de mim, e não o vejo; e torna a passar perante mim, e não o sinto.

Eu sou inocente; não estimo a mim mesmo; desprezo a minha vida.

ainda assim me afundarás no fosso, e até minhas próprias roupas sentirão nojo de mim.

Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror.

Então, falarei e não o temerei; porque, assim, não estou em mim.

De fato, foram as tuas mãos que me teceram e me deram forma. E será possível que agora, essas mesmas mãos, se voltam contra mim a fim de me destruir?

Se for ímpio, ai de mim! E se for justo, não levantarei a cabeça; cheio estou de ignomínia e olho para a minha miséria.

Porque se me exalto, tu me caças como a um leão feroz, e de novo fazes maravilhas contra mim.

Tu renovas contra mim as tuas testemunhas e multiplicas contra mim a tua ira; reveses e combate estão comigo.

Calai-vos perante mim, e falarei eu; e venha sobre mim o que vier.

Desvia a tua mão para longe de mim e não me espante o teu terror.

Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade?

E sobre este tal abres os teus olhos, e a mim me fazes entrar em juízo contigo.

Tomara que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se desviasse, e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim!

Mas será possível que alguém que morra volte a essa vida depois de ter morrido? Quanto a mim, esperarei por dias melhores, até que seja liberado das minhas lutas e do meu árduo labor.

Testemunha disto é que já me fizeste enrugado, e a minha magreza já se levanta contra mim e no meu rosto testifica contra mim.

Na sua ira, me despedaçou, e ele me perseguiu; rangeu os dentes contra mim; aguça o meu adversário os olhos contra mim.

Abrem a boca contra mim; com desprezo me feriram nos queixos e contra mim se ajuntam todos.

Vivia eu tranquilo, quando me esmagou, agarrou-me pelo pescoço e me triturou. Fez de mim seu alvo.

Suas flechas zunem em torno de mim. Atravessa meus rins e não me poupa; sobre a terra derrama o meu fel.

Quebranta-me com golpe sobre golpe; arremete contra mim como um valente.

Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.

Contudo, aquele que intercede por mim, defende a minha causa diante da presença de Deus, com a disposição fraterna de um verdadeiro amigo.

O meu espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura.

Mas a mim me pôs por um provérbio dos povos, de modo que me tornei uma abominação para eles.

onde se encontrará então minha esperança? Quem poderá vislumbrar alguma possibilidade de vida para mim?

Já dez vezes me envergonhastes; vergonha não tendes de contra mim vos endurecerdes.

Se é verdade que cometi alguma falta, o erro que cometi diz respeito somente a mim mesmo.

Se deveras vos levantais contra mim e me arguís pelo meu opróbrio,

E fez inflamar contra mim a sua ira e me reputou para consigo como um de seus inimigos.

Juntas vieram as suas tropas, e prepararam contra mim o seu caminho, e se acamparam ao redor da minha tenda.

Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem deveras me estranharam.

Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim.

Até os rapazes me desprezam, e, levantando-me eu, falam contra mim.

Todos os homens do meu secreto conselho me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim.

Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou.

Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão; e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim.

Na verdade, que devíeis dizer: Por que o perseguimos? Pois a raiz da acusação se acha em mim.

Eu ouvi a repreensão, que me envergonha, mas o espírito do meu entendimento responderá por mim.

“Escutai, pois, atentamente minhas ponderações, seja este o consolo a mim concedido de vossa parte.

Olhai para mim e pasmai; e ponde a mão sobre a boca,

Vede, porém, que o seu bem não está na mão deles; esteja longe de mim o conselho dos ímpios!

Ora, ele enchera de bens as suas casas; pelo que, longe de mim o conselho dos ímpios!

Porventura, segundo a grandeza de seu poder contenderia comigo? Não; antes, cuidaria de mim.

Enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz,

Longe de mim que eu vos justifique; até que eu expire, nunca apartarei de mim a minha sinceridade.

Seja como o ímpio o meu inimigo; e o que se levantar contra mim, como o perverso.

O abismo diz: Não está em mim; e o mar diz: Ela não está comigo.

quando o Todo-poderoso ainda estava comigo, e os meus meninos, em redor de mim;

ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;

A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.

vestia-me da retidão, e ela se vestia de mim; como manto e diadema era a minha justiça.

a minha honra se renovava em mim, e o meu arco se reforçava na minha mão.

A mim me ouviam e esperavam, e em silêncio atendiam ao meu conselho.

Esperavam por mim com grande expectativa, como quem espera por uma boa chuvarada, e bebiam minhas palavras como quem abre a boca para apreciar as primeiras chuvas da primavera.

Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho.

Abominam-me, e fogem para longe de mim, e no meu rosto não se privam de cuspir.

À direita se levantam os moços; empurram os meus pés e preparam contra mim os seus caminhos de destruição.

Vêm contra mim como por uma grande brecha e revolvem-se entre a assolação.

E agora derrama-se em mim a minha alma; os dias da aflição se apoderaram de mim.

Clamo a ti, mas tu não me respondes; estou em pé, mas para mim não atentas.

Tornaste-te cruel contra mim; com a força da tua mão resistes violentamente.

Enegreceu-se a minha pele sobre mim, e os meus ossos estão queimados do calor.

Aquele que me teceu no ventre materno de igual modo não criou os meus servos? Não foi o mesmo Deus que formou a mim e a eles, no útero de nossas mães?

Porque o castigo de Deus era para mim um assombro, e eu não podia suportar a sua grandeza.

Por certo que o levaria sobre o meu ombro, sobre mim o ataria como coroa.

Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus regos juntamente chorarem;

Ora, ele não dirigiu contra mim palavra alguma, nem lhe responderei com as vossas palavras.

Pois estou cheio de palavras; o espírito dentro de mim me constrange.

Se podes, responde-me; põe as tuas palavras em ordem diante de mim; apresenta-te.

Eis que não te perturbará nenhum medo de mim, nem será pesada sobre ti a minha mão.

Limpo estou, sem transgressão; puro sou, e não há em mim iniqüidade.

Eis que ele acha contra mim ocasiões e me considerou como seu inimigo.

Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim.

Ora, Jó declara: ‘Sou inocente do mal que me acusam, mas Deus tirou de mim a justiça.

Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim?

Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois tudo quanto existe debaixo de todo céu é meu.

Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia.

Por essa razão menosprezo a mim mesmo e me arrependo sinceramente no pó e na cinza.”

Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.

Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.