'São' na Bíblia

Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam os dias, que são peritos em suscitar o leviatã.

Pelo que tenho observado, eis minha experiência: aqueles que cultivam o pecado e semeiam a impiedade são os mesmos que colhem tudo quanto há de mal.

Pelo sopro de Deus perecem, e pela rajada da sua ira são consumidos.

quanto mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são machucados como a traça!

Desde de manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem, sem que disso se faça caso.

Seus filhos estão longe da salvação; e são despedaçados às portas, e não há quem os livre.

Ele põe num lugar alto os abatidos; e os que choram são exaltados à segurança.

Na verdade, o resultado total seria mais pesado do que a areia dos mares! Por esse motivo as minhas palavras são tão veementes,

A minha alma recusa tocar em vossas palavras, pois são como a minha comida fastienta.

Meus irmãos aleivosamente me trataram; são como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,

Oh! Quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa arguição?

Porventura, buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?

Porventura, não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?

Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão e perecem sem esperança.

A minha vida abomino, pois não viverei para sempre; retira-te de mim, pois vaidade são os meus dias.

Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.

Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá.

E os meus dias são mais velozes do que um corredor; fugiram e nunca viram o bem.

São os teus dias como os dias do homem? Ou são os teus anos como os anos de um homem,

Podes investigar se cometi alguma iniquidade, vasculha a minha vida e avalia quais são os meus pecados,

Porventura, não são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me para que por um pouco eu tome alento;

Com ele está a força e a sabedoria; são dele o enganado e o enganador.

Aos que são dignos da confiança emudece, e tira aos anciãos o discernimento.

As vossas memórias são como a cinza; as vossas alturas, como alturas de lodo.

Contudo, do mesmo modo como as montanhas vão se desmoronando, e as rochas são arrancadas de seus lugares;

Os seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são humilhados sem que ele o perceba.

Levantando argumentos que são absolutamente inúteis, ou discursos vazios e sem valor?

A tua própria boca te condena, e não eu; são os teus lábios que testemunham contra ti.

Porventura, as consolações de Deus te são pequenas? Ou alguma coisa se oculta em ti?

Eis que nos seus santos não confiaria, e nem os céus são puros aos seus olhos.

O ímpio sofre aflições durante toda a vida, como também o homem maldoso, nos poucos anos que lhe são reservados.

Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.

Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos e já todos os meus membros são como a sombra;

São devorados os membros do seu corpo; sim, o primogênito da morte devora os seus membros.

Por baixo se secam as suas raízes, e por cima são cortados os seus ramos.

Tais são, na verdade, as moradas do perverso, e este é o lugar do que não conhece a Deus.

Todas as trevas são reservadas paro os seus tesouros; um fogo não assoprado o consumirá, e devorará o que ficar na sua tenda.

Porque são como a palha diante do vento, e como a pragana, que arrebata o redemoinho.

Os torrões do vale lhe são doces, e ele arrasta após si a todos os homens; e antes dele havia inumeráveis.

Ou será que é por causa da tua maldade? Não são infindos os teus erros e pecados?

Ora, esses certamente são os motivos pelos quais estás cercado de ciladas, provações, e a iminência de uma grande catástrofe pessoal te apavora.

As nuvens são o escondedouro dele, para que não veja; e ele passeia pelo circuito dos céus.

dizendo: Na verdade são exterminados os nossos adversários, e o fogo consumiu o que deixaram.

Pelas correntes das montanhas são molhados e, não tendo refúgio, abraçam-se com as rochas.

As crianças órfãs são arrancadas do seio de suas mães para servirem como escravos; o recém nascido do pobre é tomado à força, em pagamento de dívidas.

Os perversos são adversários da luz, não conhecem os seus caminhos, nem permanecem nas suas veredas.

Pois para eles a profunda escuridão é a sua manhã; porque são amigos das trevas espessas.

São ligeiros sobre a face das águas; maldita é a sua porção sobre a terra; não voltam pelo caminho das vinhas.

Por um pouco se alçam e logo desaparecem; são abatidos, encerrados como todos os outros e cortados como as pontas das espigas.

Olha, até a lua não resplandece, e as estrelas não são puras aos seus olhos.

Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos; e quão pouco é o que temos ouvido dele! Quem, pois, entenderia o trovão do seu poder?

Abrem um poço de mina longe do lugar onde habitam; são esquecidos pelos viajantes, ficando pendentes longe dos homens, e oscilam de um lado para o outro.

As suas pedras são o lugar da safira e têm pós de ouro.

Apanham malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento são as raízes dos zimbros.

São expulsos do meio dos homens, que gritam atrás deles, como atrás de um ladrão.

São filhos de insensatos, filhos de gente sem nome; da terra foram enxotados.

De noite me são traspassados os ossos, e o mal que me corrói não descansa.

Os grandes não são os sábios, nem os velhos entendem o que é reto.

Quanto menos àquele que não faz acepção da pessoa de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque todos são obra de suas mãos.

Eles, num momento, morrem; e, até à meia-noite, os povos são perturbados e passam, e os poderosos são tomados sem mão.

Porquanto, conhecendo-lhes as obras, durante a noite os transtorna, e são esmagados.

Ele bate-lhes como ímpios que são à vista de quem os contempla;

Dos justos não tira os seus olhos; antes, com os reis no trono os assenta para sempre, e assim são exaltados.

Não anseies pela noite, quando os povos são tirados dos seus lares.

Ao sopro de Deus forma-se o gelo, e as largas águas são congeladas.

tu cujas vestes são quentes, quando há calma sobre a terra por causa do vento sul?

Por isso, o temem os homens; ele não respeita os que são sábios no coração. 

Tens alguma ideia do quanto são imensas as áreas de toda a terra? Dizes-mo, se de fato sabes algo sobre tudo isso?

Ora, por certo tu o sabes bem, afinal já eras nascido e os teus dias são numerosos!

Qual o caminho por onde se dividem os relâmpagos? Onde é que os ventos orientais são distribuídos sobre a face da terra?

Ele enrija a sua cauda como o cedro; os nervos das suas coxas são entretecidos.

Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro.

As suas fortes escamas são excelentíssimas, cada uma fechada como com selo apertado.

Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.

As dobras da sua carne são fortemente unidas; são tão firmes que não se movem.

Quando ele se levanta, os valentes são atemorizados, e por causa da consternação ficam fora de si.

As flechas não o assustam; para ele, as pedras das fundas são como cisco.

As pedras atiradas são para ele como arestas, e ri-se do brandir da lança.