Most Popular Bible Verses in Eclesiastes

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2

Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois.

3

Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.

4

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.

5

tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;

6

De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.

7

Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.

8

Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?

9

Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento.

10

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;

11

Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.

12

Vaidade de vaidades! --diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade.

13

Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, de sorte que destruísse a obra das tuas mãos?

14

Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o longânimo do que o altivo de coração.

15

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol.

16

E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, de onde nasceu.

17

O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento e volta fazendo os seus circuitos.

18

Todas essas coisas se cansam tanto, que ninguém o pode declarar; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir.

19

O tolo cruza as suas mãos e come a sua própria carne.

20

Todos os ribeiros vão para o mar, e, contudo, o mar não se enche; para o lugar para onde os ribeiros vão, para aí tornam eles a ir.

21

Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu, teme a Deus.

22

Busquei no meu coração como me daria ao vinho (regendo, porém, o meu coração com sabedoria) e como reteria a loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu, durante o número dos dias de sua vida.

23

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

24

E apliquei o meu coração a esquadrinhar e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.

25

Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.

26

tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;

27

Porque, na muita sabedoria, há muito enfado; e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho.

28

E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras e vim a saber que também isso era aflição de espírito.

29

Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não pode ser calculado.

30

Tudo isso vi quando apliquei o meu coração a toda obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.

31

Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; na verdade, o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e a ciência.

32

Melhor é uma mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito.

33

Se vires em alguma província opressão de pobres e a violência em lugar do juízo e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que mais alto é do que os altos para isso atenta; e há mais altos do que eles.

34

Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor.

35

Se a cobra morder antes de estar encantada, então, remédio nenhum haverá no mais hábil encantador.

36

Que também o homem não conhece o seu tempo; como os peixes que se pescam com a rede maligna e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles.

37

Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque nunca com sabedoria isso perguntarias.

38

tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;

39

Nas palavras da boca do sábio, há favor, mas os lábios do tolo o devoram.

40

Há um que é só e não tem segundo; sim, ele não tem filho nem irmã; e, contudo, de todo o seu trabalho não há fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isso é vaidade e enfadonha ocupação.

41

Tão boa é a sabedoria como a herança, e dela tiram proveito os que vêem o sol.

42

Assim também vi os ímpios sepultados, e eis que havia quem fosse à sua sepultura; e os que fizeram bem e saíam do lugar santo foram esquecidos na cidade; também isso é vaidade.

43

Todo trabalho do homem é para a sua boca, e, contudo, nunca se satisfaz a sua cobiça.

44

Outra vez me voltei e vi vaidade debaixo do sol.

45

tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.

46

Que vantagem tem o trabalhador naquilo em que trabalha?

47

Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.

49

tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;

50

Atenta para a obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que ele fez torto?

51

Então, exaltei eu a alegria, porquanto o homem nenhuma coisa melhor tem debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol.

52

Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que se não deixa mais admoestar.

53

Depois, voltei-me e atentei para todas as opressões que se fazem debaixo do sol; e eis que vi as lágrimas dos que foram oprimidos e dos que não têm consolador; e a força estava da banda dos seus opressores; mas eles não tinham nenhum consolador.

54

Bem que o tolo multiplique as palavras, não sabe o homem o que será; e quem lhe fará saber o que será depois dele?

55

O que é já foi; e o que há de ser também já foi; e Deus pede conta do que passou.

56

Ai de ti, ó terra, cujo rei é criança e cujos príncipes comem de manhã.

57

Procurou o Pregador achar palavras agradáveis; e o escrito é a retidão, palavras de verdade.

58

E vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem.

59

Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo intento e para toda obra.

60

Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temerem diante dele.

61

Disse eu no meu coração: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os animais.

62

Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.

63

Pelo que aborreci esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito.

64

O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo.

65

Nem ainda no teu pensamento amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior da tua recâmara amaldiçoes o rico; porque as aves dos céus levariam a voz e o que tem asas daria notícia da palavra.

66

Porque as mesmas riquezas se perdem por qualquer má aventura; e, havendo algum filho, nada fica na sua mão.

67

Bem-aventurada, tu, ó terra cujo rei é filho dos nobres e cujos príncipes comem a tempo, para refazerem as forças e não para bebedice.

68

As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor.

69

Aplicando eu o meu coração a conhecer a sabedoria e a ver o trabalho que há sobre a terra (pois nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos),

70

Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra: há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios, e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos. Digo que também isso é vaidade.

71

Porque, que mais tem o sábio do que o tolo? E que mais tem o pobre que sabe andar perante os vivos?

72

Deveras revolvi todas essas coisas no meu coração, para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras estão nas mãos de Deus, e também que o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante a sua face.

73

E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho.

74

Também eu aborreci todo o meu trabalho, em que trabalhei debaixo do sol, visto como eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim.

75

Pela muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa.

76

Também vi sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande.

77

Mas ao ímpio não irá bem, e ele não prolongará os seus dias; será como a sombra, visto que ele não teme diante de Deus.

78

Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os afligir.

79

As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina sobre os tolos.

80

Então, disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas.

81

Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras.

82

Não tem fim todo o povo, todo o que ele domina; tampouco os descendentes se alegrarão dele. Na verdade que também isso é vaidade e aflição de espírito.

83

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar. E isso faz Deus para que haja temor diante dele.

84

e de haver comido todos os seus dias nas trevas, e de haver padecido muito enfado, e enfermidades, e cruel furor?

85

Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal.

86

Tampouco apliques o teu coração a todas as palavras que se disserem, para que não venhas a ouvir que o teu servo te amaldiçoa.

87

A sabedoria fortalece o sábio, mais do que dez governadores que haja na cidade.

88

Já tenho conhecido que não há coisa melhor para eles do que se alegrarem e fazerem bem na sua vida;

89

no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;

90

Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça; também isso é vaidade e aflição de espírito.

91

Onde a fazenda se multiplica, aí se multiplicam também os que a comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que a verem com os seus olhos?

92

e as duas portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem;

93

O princípio das palavras da sua boca é a estultícia, e o fim da sua boca, um desvario péssimo.

94

Bom é que retenhas isso e também disso não retires a tua mão; porque quem teme a Deus escapa de tudo isso.

95

Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie de fruto.

96

E eu achei uma coisa mais amarga do que a morte: a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são ataduras; quem for bom diante de Deus escapará dela, mas o pecador virá a ser preso por ela.

97

Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra?

98

como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;

99

Também isto é um mal que causa enfermidades: que, infalivelmente, como veio, assim ele vai; e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento,

100

Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.

101

Vi mais debaixo do sol: no lugar do juízo, impiedade; e no lugar da justiça, impiedade ainda.

102

Vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade.

103

Disse eu no meu coração: Ora, vem, eu te provarei com a alegria; portanto, goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade.

104

Então, passei à contemplação da sabedoria, e dos desvarios, e da doidice; porque que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram.

105

antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;

106

Amontoei também para mim prata, e ouro, e jóias de reis e das províncias; provi-me de cantores, e de cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte.

107

Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás.

108

antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço,

109

Tudo isso vi nos dias da minha vaidade; há um justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.

110

E, quanto mais sábio foi o Pregador, tanto mais sabedoria ao povo ensinou; e atentou, e esquadrinhou, e compôs muitos provérbios.

111

E engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria.

112

e também que todo homem coma e beba e goze do bem de todo o seu trabalho. Isso é um dom de Deus.

113

O trabalho dos tolos a cada um deles fatiga, pois não sabem como ir à cidade.

114

Para rir se fazem convites, e o vinho alegra a vida, e por tudo o dinheiro responde.

115

Há mal que vi debaixo do sol e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o próprio dano.

116

Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é para o famoso em sabedoria e em honra um pouco de estultícia.

117

Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém.

118

E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol.

119

Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo.

120

Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?

121

Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.

122

há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;

123

Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo?

124

Longe está o que foi e profundíssimo; quem o achará?

125

Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?

126

Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.

127

Não é, pois, bom para o homem que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isso também eu vi que vem da mão de Deus.

128

Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão.

129

Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão.

130

Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; também, então, entendi eu que o mesmo lhes sucede a todos.

131

Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.

132

Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria, e conhecimento, e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, e o dê ao bom perante a sua face. Também isso é vaidade e aflição de espírito.

133

Verdadeiramente suave é a luz, e agradável é aos olhos ver o sol.

134

Quem observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.

135

tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;

136

Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração.

137

Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras.

138

Porque que mais tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?

139

Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer, e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias da sua vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção.

140

Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.

141

Então, vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas.

142

Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; porque quem o fará voltar para ver o que será depois dele? 

143

Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade.

144

Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.

145

Levantando-se contra ti o espírito do governador, não deixes o teu lugar, porque o acordo é um remédio que aquieta grandes pecados.

146

Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo nos dias futuros total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo!

147

Quem fizer uma cova cairá nela, e quem romper um muro, uma cobra o morderá.

148

Quem é como o sábio? E quem sabe a interpretação das coisas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto se muda.

149

Vi servos a cavalo e príncipes que andavam a pé como servos sobre a terra.

150

E, até quando o tolo vai pelo caminho, lhe falta entendimento, e diz a todos que é tolo.

151

Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e, caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.

152

Ainda há um mal que vi debaixo do sol, como o erro que procede do governador:

153

Pelo que eu disse no meu coração: Como acontece ao tolo, assim me sucederá a mim; por que, então, busquei eu mais a sabedoria? Então, disse no meu coração que também isso era vaidade.

154

Porque um sai do cárcere para reinar; sim, um que nasceu pobre no seu reino.

155

Mas, se o homem viver muitos anos e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade.

156

Melhor é a tristeza do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.

157

Do riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta?

158

E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e fazenda e lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isso é dom de Deus.

159

Porque da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo, da multidão das palavras.

160

Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a inveja do seu próximo. Também isso é vaidade e aflição de espírito.

161

Quem acarretar pedras será maltratado por elas, e o que rachar lenha expõe-se ao perigo.

162

Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então, se deve pôr mais forças; mas a sabedoria é excelente para dirigir.

163

Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para reter o espírito; nem tem poder sobre o dia da morte; nem há armas nessa peleja; nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios.

164

Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, e ciência, e destreza; contudo, a um homem que não trabalhou nele, o deixará como porção sua; também isso é vaidade e grande enfado.

165

então, vi toda a obra de Deus, que o homem não pode alcançar a obra que se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a buscar, não a achará; e, ainda que diga o sábio que a virá a conhecer, nem por isso a poderá alcançar.

166

Eu tornei a voltar-me e determinei em meu coração saber, e inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios.

167

o tolo, assentam-no em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo.

168

Melhor é que não votes do que votes e não pagues.

169

Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade; os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo do sol.

170

(Porque quem pode comer ou quem pode gozar melhor do que eu?)

171

Pelo que eu louvei os que já morreram, mais do que os que vivem ainda.

172

Tudo isso inquiri com sabedoria e disse: Sabedoria adquirirei; mas ela ainda estava longe de mim.

173

Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isso é vaidade.

174

Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir alguém a canção do tolo.

175

Seja qualquer o que for, já o seu nome foi nomeado, e sabe-se que é homem e que não pode contender com o que é mais forte do que ele.

176

Há um mal que tenho visto debaixo do sol e que mui frequente é entre os homens:

177

Vi todos os viventes andarem debaixo do sol com o jovem, o sucessor, que ficará em seu lugar.

178

Porque o teu coração também já confessou muitas vezes que tu amaldiçoaste a outros.

179

Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração.

180

Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida; porquanto Deus lhe responde na alegria do seu coração.

181

Pelo que eu me apliquei a fazer que o meu coração perdesse a esperança de todo trabalho em que trabalhei debaixo do sol.

182

E quem sabe se será sábio ou tolo? Contudo, ele se assenhoreará de todo o meu trabalho em que trabalhei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isso é vaidade.

183

Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens.

184

Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com bom coração o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.

185

causa que a minha alma ainda busca, mas não a achei; um homem entre mil achei eu, mas uma mulher entre todas estas não achei.

186

E melhor que uns e outros é aquele que ainda não é; que não viu as más obras que se fazem debaixo do sol.

187

Porque, quem sabe o que é bom nesta vida para o homem, por todos os dias da sua vaidade, os quais gasta como sombra? Porque, quem declarará ao homem o que será depois dele debaixo do sol?

188

Vedes aqui, isso achei, diz o Pregador, conferindo uma coisa com a outra para achar a causa,

189

Porque para todo propósito há tempo e modo; porquanto o mal do homem é grande sobre ele.

190

O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos, na casa da alegria.

191

Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo; que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; que há desvarios no seu coração, na sua vida, e que depois se vão aos mortos.

193

Sendo certo que há muitas coisas que aumentam a vaidade, que mais tem o homem de melhor?

194

Porque qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é o riso do tolo; também isso é vaidade.

195

Eu digo: observa o mandamento do rei, e isso em consideração para com o juramento de Deus.

196

Porque a palavra do rei tem poder; e quem lhe dirá: Que fazes?

197

Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo.

198

Porque não sabe o que há de suceder; e, como haja de suceder, quem lho dará a entender?

199

um homem a quem Deus deu riquezas, fazenda e honra, e nada lhe falta de tudo quanto a sua alma deseja, mas Deus não lhe dá poder para daí comer; antes, o estranho lho come; também isso é vaidade e má enfermidade.

200

Não te apresses a sair da presença dele, nem persistas em alguma coisa má, porque ele faz tudo o que quer.

201

Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque.

202

Ora, para o que acompanha com todos os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto).

203

Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém:

204

Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.

205

Se o homem gerar cem filhos e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma se não fartar do bem, e além disso não tiver um enterro, digo que um aborto é melhor do que ele,

206

Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.

207

E certamente, ainda que vivesse duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar?

208

E, ainda que nunca viu o sol, nem o conheceu, mais descanso tem do que o tal.

209

porquanto debalde veio e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome.

210

O coração do sábio está à sua mão direita, mas o coração do tolo está à sua esquerda.

211

Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.

213

O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade.

214

Melhor é a boa fama do que o melhor unguento, e o dia da morte, do que o dia do nascimento de alguém.

215

Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes, a peleja, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos.

216

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.

217

E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.

218

E, de mais disso, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne.

219

Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. 

220

Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.

221

Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções. 

222

Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.