20941 ocorrências nas traduções 3

'De' na Bíblia

E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.

Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre.

Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.

Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e concertaram juntamente virem condoer-se dele e consolá-lo.

E, levantando de longe os olhos e não o conhecendo, levantaram a voz e choraram; e rasgando cada um o seu manto, sobre a cabeça lançaram pó ao ar.

E ficaram sentados no chão, na companhia de Jó, durante sete dias e sete noites seguidos; e nenhum deles dizia a Jó qualquer palavra, pois ao contemplar seu grande sofrimento não encontravam forças para dizer nada.

Eis o desabafo de Jó:

Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz!

Que as trevas e a sombra da morte o chamem de volta à escuridão; nuvens pesadas habitem sobre ele, e o seu negrume assustador espante a luz do dia para longe.

Ah! que estéril seja aquela noite, e nela não entre voz de regozijo.

Amaldiçoem-na aqueles que maldizem os mares e são capazes de provocar o Leviatã, o monstro marinho.

porquanto não fechou as portas do ventre de minha mãe, nem escondeu dos meus olhos a aflição.

Ora, por que não me foi tirada a vida ainda no ventre de minha mãe? Por que não morri ao nascer?

Porquanto, se assim fora, agora estaria dormindo, jazeria em paz e desfrutaria de tranquilidade e descanso.

Estaria na companhia de reis e conselheiros da terra, que ergueram palácios suntuosos no passado, hoje transformados em montes de escombros,

ou com os príncipes que tinham ouro, que enchiam as suas casas de prata;

Ali, os maus cessam de perturbar; e, ali, repousam os cansados.

Ali os cativos e encarcerados encontram sossego, porquanto já não ouvem mais os berros do feitor de escravos.

Ali, está o pequeno e o grande, e o servo fica livre de seu senhor.

Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo,

que de alegria saltam, e exultam, achando a sepultura?

Sim, por que se concede luz ao homem cujo caminho está escondido, e a quem Deus cercou de todos os lados?

Pois em lugar de meu pão vem o meu suspiro, e os meus gemidos se derramam como água.

Então Elifaz de Temã tomou a palavra e respondeu ao desabafo de Jó:

Mas agora que se trata de ti, te enfadas; e, tocando-te a ti, te desanimas.

Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?

Pensa bem! Consegues recordar-te de algum inocente que tenha perecido? Soubeste que justos sofreram destruição?

Pelo que tenho observado, eis minha experiência: aqueles que cultivam o pecado e semeiam a impiedade são os mesmos que colhem tudo quanto há de mal.

Perece o leão velho por falta de presa, e os filhotes da leoa andam dispersos.

Entre pensamentos de visões da noite, quando cai sobre os homens o sono profundo,

Então, um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne;

Pode o homem mortal ser justo diante de Deus? Pode o varão ser puro diante do seu Criador?

quanto mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são machucados como a traça!

Desde de manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem, sem que disso se faça caso.

A vida dos seres humanos se acaba como uma tenda que desmancha ao simples arrancar de uma de suas cordas, e morremos sem termos conquistado a sabedoria!

Porquanto o ressentimento destrói o insensato, e a inveja aniquila o falto de sabedoria.

Vi o louco estabelecer raízes; contudo, de repente toda a sua casa foi amaldiçoada.

Seus filhos não alimentam esperança de se verem seguros; humilhados nos tribunais, às portas da cidade, não há quem os queira defender.

Ele frustra as maquinações dos astutos, de modo que as suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito.

Eles, de dia, encontram as trevas; e, ao meio-dia, andam como de noite, às apalpadelas.

De seis angústias te livrará, e em sete tribulações o mal não te molestará.

Nos dias de fome e privações ele te livrará de sucumbir, e na guerra, te salvará do poder da espada da morte.

Estarás protegido do açoite da língua e, quando a devastação chegar, nada haverás de temer.

Também saberás que os teus filhos e netos, bem como todas as gerações a partir de ti, se multiplicarão como a relva que cobre a terra.

Diante de tudo que ouviu, Jó pondera:

Oxalá de fato se pesasse a minhá magoa, e juntamente na balança se pusesse a minha calamidade!

Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.

Recuso-me a tocar nisso; esse tipo de comida sem sabor me causa repugnância.

que fosse do agrado de Deus esmagar-me; que soltasse a sua mão, e me exterminasse!

Isto ainda me traria alguma consolação, eu buscaria alegria em meio à dor implacável, de jamais ter ido contra as palavras do Santíssimo Yahweh.

É, porventura, a minha força a força da pedra? Ou é de cobre a minha carne?

Um ser humano desesperado deve ser alvo da atenção e da solidariedade de seus amigos, ainda que ele tenha se afastado do temor do Todo-Poderoso!

mas que cessam de fluir no tempo da seca, e no calor desaparecem dos seus próprios leitos.

As caravanas se desviam de suas rotas; sobem para lugares desertos e vão de encontro à morte.

Os caminhantes de Temá os vêem; os passageiros de Sabá olham para eles.

Acaso disse eu: Dai-me um presente? Ou: Fazei-me uma oferta de vossos bens?

Ou ainda: ‘Livrai-me das mãos do adversário’? ‘Resgatai-me das garras de quem me oprime’?

Por acaso vós pretendeis reprovar o meu desabafo e tratar como vento as palavras de um homem desesperado?

Seríeis capazes de sortear um órfão ou desamparado, e de tirar proveito de um amigo fragilizado, vendendo-o por uma bagatela?

Agora, pois, por favor, olhai para, mim; porque de certo à vossa face não mentirei.

Mudai de parecer, peço-vos, não haja injustiça; sim, mudai de parecer, que a minha causa é justa.

Há maldade no meu falar? Será que a minha boca perdeu a capacidade de identificar boas e más palavras?”

“Ó Deus, por acaso o ser humano não trabalha dia após dia, arduamente, sobre a terra? Não são todos os seus dias como os de um assalariado?

assim me deram por herança meses de vaidade, e noites de trabalho me prepararam.

Deitando-me a dormir, então, digo: quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me voltar na cama até à alva.

Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem.

Os que agora me observam, nunca mais me verão; depositaste teu olhar sobre a minha pessoa, e já deixei de existir.

Quando penso: ‘meu leito haverá de consolar-me e minha cama aliviará meu sofrimento!’

de modo que eu escolheria antes a estrangulação, e a morte do que estes meus ossos.

A minha vida abomino, pois não viverei para sempre; retira-te de mim, pois vaidade são os meus dias.

Até quando não apartarás de mim a tua vista, nem me largarás, até que eu possa engolir a minha saliva?

Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?

E por que me não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniquidade? Pois agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não estarei lá.

Então Bildade, o shuhita, suíta e outro amigo de Jó, interveio:

Mas, se tu de madrugada buscares a Deus e ao Todo-poderoso pedires misericórdia,

se estiveres livre de pecados e correto em teu caminhar, com certeza ele se levantará em teu benefício agora mesmo e te restaurará ao lugar que por justiça cabe a ti.

O teu começo de vida parecerá pobre, quando comparado ao futuro que desfrutarás em fartura e prosperidade.

Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas e prepara-te para a inquirição de seus pais.

Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.

Será que eles não te ministrarão, não te ensinarão e não te exortarão? Ficarão calados e não te dirão palavras de sabedoria?

Pode o papiro desenvolver-se fora de um pântano. Ou pode o junco crescer sem água?

Estando ainda na sua verdura, e ainda não cortada, todavia, antes de qualquer outra erva, se seca.

Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá.

A sua esperança fica frustrada, e a sua confiança será como a teia de aranha;

as suas raízes se entrelaçam junto ao monte de pedras; até penetra o pedregal.

até que de riso te encha a boca, e os teus lábios, de louvor.

Teus aborrecedores se vestirão de confusão, e a tenda dos ímpios não existirá mais. 

“Na verdade sei muito bem que tudo isso é verdade; contudo, pode o mortal ser justo diante de Deus?

Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder.

Ele é sábio de coração, poderoso em forças; quem se endureceu contra ele e teve paz?

Ele é o que, de fato, transporta montanhas sem que elas nem mesmo percebam. E em sua ira as coloca de cabeça para baixo em um instante.

o que sacode a terra do seu lugar, de modo que as suas colunas estremecem;

Deus é capaz de estender o próprio universo, e pode caminhar sobre as ondas do mar.

Ele é o Criador de todos os grupamentos estelares: a Ursa, o Órion, as Plêiades e as magníficas constelações do sul;

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